A História do Mahou Shoujo: Parte 6 - Década de 2010/Atualidade

As cenas de luta mais acirradas em Mahou Shoujo Lyrical Nanoha (2004) e a atmosfera madura de Princess Tutu (2002) nos deram pistas de qual seria a revolução do gênero na década seguinte.

Na segunda metade dos anos 2000, o gênero mahou shoujo reviveu a mesma situação vivida nos anos 70: saturação de mercado e consequente queda. Após a saturação da "fórmula" trazida por Sailor Moon, houve uma baixa no número de produções nessa época, com exceção da franquia Pretty Cure, que continuou com força no Japão. Enquanto isso, no Ocidente, foram as reprises, a distribuição não-oficial pela rede e eventos temáticos que manteram o gênero vivo entre os fãs.

Em 2010, o estúdio SHAFT - até então mais conhecido por trabalhar junto aos estúdios GAINAX, em adaptações de light novels e mangás - anuncia seu primeiro projeto original: Puella Magi Madoka Magica. Anunciado ao público como um nova obra mahou shoujo, em uma época em que as produções estavam em baixa, o título logo chamou a atenção. A intenção do produtor, Atsuhiro Iwakami, e do roteirista, Gen Urobuchi, era de surpreender o público; assim, todo o marketing da obra mostrava a série como mais uma típica do gênero.

Madoka estreou em 7 de janeiro de 2011, mas foi no terceiro episódio (exibido em 20 de janeiro do mesmo ano) que o público foi, de fato, surpreendido, com uma cena que redefiniria a criação de novas obras do gênero. Nascia assim a era adulta e "dark" das garotas mágicas, em que as protagonistas passam a encarar lutas que envolvem sangue e violência, onde expõem suas vidas em um perigo real, e também sofrem com o medo, a pressão, e os traumas psicológicos causados pelo peso e a responsabilidade de ser uma garota mágica.

Apesar de ter apenas 12 episódios (compilados posteriormente em dois filmes), Madoka tornou-se rapidamente um fenômeno mundial, popularizando-se entre todas as faixas de público, inclusive entre quem não era fã do formato tradicional do gênero. Até o momento atual, a obra já influenciou a criação de várias outros títulos, como Genei wo Kakeru Taiyou (2013), Yuuki Yuuna wa Yuusha de Aru (2014), Mahou Shoujo Ikusei Keikaku (2016), e a personagem Magical Slayer Mamika, em Re:Creators (2017).

Além da inovação das séries "dark", nesta década também tivemos uma onda de remakes e continuações de séries de sucesso: o remake Sailor Moon Crystal (2014), sendo a primeira série mahou shoujo a ter transmissão simultânea ao vivo no mundo todo, através de serviço de streaming; a continuação Cardcaptor Sakura: Clear Card Hen, a estrear em janeiro de 2018; e o recém-anunciado remake de Cutie Honey, Cutie Honey Universe, também para 2018.

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Com isso, terminamos nosso review sobre a história do gênero mahou shoujo! Quais títulos você não viu por aqui e gostaria que tivesse sido citado? E o que inovações no gênero você espera para o futuro?

~~Sugestão de leitura:~~

Se você curtiu nossa coluna sobre a História do Mahou Shoujo, você também vai curtir estes sites! Confira (OBS: Alguns estão em inglês):
http://deliriumnerd.com/2017/03/13/animemangas-mahou-shoujo/
https://www.nippon.com/en/in-depth/a03904/
https://en.wikipedia.org/wiki/Magical_girl
http://magical-girl-mahou-shoujo.wikia.com/